quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Universal Law





Universal Law, Fam. 4-b, é um castanho nascido em 2011 no Haras Cruz de Pedra no Rio Grande do Sul e propriedade de Sergio Coutinho Nogueira, filho de Christine’s Outlaw, link abaixo, em Universal Rara por Ramirito. Christine's Outlaw merece admiração e respeito , é um distribuidor de velocidade em todas as suas formas que deve ser considerado um reprodutor “Intermediate ou Trans-Brilliant”,

http://purosanguedecorrida.blogspot.com.br/2017/08/christines-outlaw_28.html


Cabe destacar seus números na reprodução, com 9 gerações em corrida possui 12,59% de ganhadores e colocados em provas Black Type e 8,88% de vencedores nessas provas (números Stud Book), considerando que uma muito grande parte de sua produção é dirigida diretamente para as pencas onde apresenta qualificado rendimento e conseqüentemente ela não aparece nos números oficiais do Stud Book à de se considerar a relevância dos dados conhecidos.

Universal Rara possui 37,50% em ganhadores e colocados Black Type com 25% de vencedores nessas provas (números Stud Book), pertencendo a uma linha materna brasileira fundada por Urisca (élevage Paula Machado) que vêm se destacando de forma consistente em nossa criação principalmente através do ramo de Ola I Ask, abaixo comentada:


Ola I Ask, 40% em ganhadores e colocados Black Type com 13,33% de vencedores nessas provas (números Stud Book) é mãe de:


a - Grand I Ask

1. GP OSAF, G1, 2000 m,
1. GP Luiz Fernando Cirne Lima, G3, 1800 m,
2. GP Presidente Sylvio Álvares Pentado, G3, 2000 m,
3. GP Roberto e Nelson Grimaldi Seabra, G1, 2000 m.

b - Temmais Style

3. GP Presidente Luiz Oliveira de Barros, G2, 1800 metros.
mãe de:
     - Quartel General, 2. GP CPCCSP, G3, 2400 m.

c - Universal Rara, mãe de:

-         Universal Law, aqui descrito,
-         Uareoutlaw, 6 apresentações com 3 vitórias, 2 segundos e 1 terceiro, 1. GP J Adhemar de Almeida Prado – Taça de Prata, G1, 1600 m, 1. GP Presidente José de Souza Queiroz, G2, 1400 m e 2. GP Juliano Martins, G1, 1600 m,
-         Uareademon, 7 apresentações com 5 vitórias, 1 segundo e 1 quarto, 1. GP Polla de Potrillos, G1, 1600 m – Uruguai, 1. Clássico Carlos Reyles, L, 2300 m – Uruguai, 1. Copa ABCPCC Regional, G3, 1600 m, 2. GP Presidente Antonio Correa Barbosa, G3, 2200 m e 4. GP Bento Gonçalves, G2, 2400 m.

d - Uai I Ask, 3. GP Copa dos Campeões, G2, 2200 m.

e - Xiririca da Serra, 33,33% em ganhadores e colocados Black Type com 22,22% de vencedores nessas provas (números Stud Book),

1. GP José Guathemozin Nogueira, G1, 2400 m,
3. GP Marciano de Aguiar Moreira, G1, 2400 m.
mãe de:

-         Jaspion Silent, 1. GP São Paulo, G1, 2400 m, 1. GP 14 de Março, G3, 2400 m, 2. GP Farwell, G1, 1600 m, 2. GP Derby paulista, G1, 2400 m, 4. GP Jockey Club de São Paulo, G1, 2000 m,
-         Kandido Hat, 2. GP FINAH, G3, 2000 m, 2. GP João Borges Filho, G2, 2400 m, 4. GP 14 de Março, G3, 2400 m, 4. GP Antonio Joaquim Peixoto de Castro JR, G2, 2400 m, 4. GP Almirante Marquês de Tamandaré, G2, 2400 m.

Obs: Não é objetivo desse blog apresentar estudos sobre linhas maternas, mas nesse caso cumpre destacar rapidamente ganhadores de provas de grupo a partir da fundadora Urisca, fora o ramo de Ola I Ask já tratado acima, são eles: Siphon – G1, Verinha – G1, Chang Tong – G1, Ivoire – G1, Poutioner – G1, Reselá – G2, Spring Star – G2,  Foix –G3, Alcazar – G3, Senateur – G3 e Color Prospector – G3.  


Christine’s Outlaw.





Universal Law no GP São Paulo.





                                                Campanha


2 anos

1. Prêmio João Luiz Maciel, 1000 metros, GM, Rio de Janeiro,

3 anos

1. Prêmio Coray, 1300 metros, AM, Gávea,
1. Prova Especial Daião, 1400 metros, AM, Gávea,
4. Grande Prêmio Estado do Rio de Janeiro ***, G1, 1600 metros, GL, Gávea,
1. Grande Prêmio Francisco Eduardo de Paula Machado ***, G1, 2000 metros, GL, Gávea,
8. Grande Prêmio Cruzeiro do Sul ***, G1, 2400 metros, GM, Gávea,
2. Grande Prêmio Presidente da República, G1, 1600 metros, GP, Gávea,

4 anos
1. Grande Prêmio Copa ABCPCC Clássica Mathias Machline, G1, 2000 metros, GM, Cidade Jardim,
1. Prêmio Copa dos Campeões, G2, 2000 metros, GP, Cidade Jardim,
3. Gran Premio Latinoamericano, G1, 2000 metros, GL, Gávea,
1. Grande Prêmio São Paulo, G1, 2400 metros, GB, Cidade Jardim.


Universal Law além de seu excepcional mérito genético claramente demonstrado pelos índices parentais acima citados, foi um muito bom corredor que apresentou extrema versatilidade, venceu dos 2 aos 4 anos dos 1000 aos 2400 metros tanto na areia como na grama e apresenta características que o credenciam plenamente para reprodução, condições essas que estão presentes em praticamente todos os garanhões que atingem sucesso na criação mundial e que são muito boa campanha, animal de meio fundo, precoce, veloz, sempre participar ativamente das corridas e o mais importante possuir vontade de vencer, a “will to win” que o fez mesmo sendo um típico meio fundo atingir a vitória nos 2400 metros do GP São Paulo, que juntamente com o GP Brasil são as mais seletivas provas de comparação do turfe brasileiro. A ressalva que alguns poderiam fazer seria a de que o pedigree de Universal Law não é moderno, provavelmente se o seu avô materno Ramirito fosse nascido nos EUA com campanha lá similar e se chamasse “Little Rami” seria considerado “FASHION” e um "MUST" para  a criação nacional, o mesmo raciocínio é válido para Clackson, Helíaco e Grimaldi... 

Icecapade.



Outro aspecto importante a se ressaltar na genética de Universal Law é de que ele é totalmente "OUTBRED" até a sua quinta geração e ausente de sangue Northern Dancer e Mr Prospector, o que certamente é uma vantagem para novas combinações genéticas na busca de se recuperar mais vigor híbrido sem perda de qualidade corredora, estamos tratando de Icecapade, um segundo ramo de Nearctic que sempre se apresentou de muito sucesso entre nós através de seu pai Christine's Outlaw, Wild Event, Ski Champ e Bright Again, o infelizmente recém desaparecido Fluke demonstrou em sua primeira geração o vigor de Icecapade no Brasil. O outcross era a filosofia de cria do notável selecionador Roberto Seabra em seu Haras Guanabara, todos os produtos do Guanabara atendiam ao outcross ou no máximo vinham com 4 x 4 sobre 1 exemplar ou 4 x 5 e/ou 5 x 5 sobre 1 ou 2 exemplares diferentes, Emerson, Escorial, Dulce, Lohengrin, Empyreu, Emocion, Duplex, Bucarest, Radar, Sing Sing, Endymion, Honolulu, Fairplay, Canaletto, Canavial, Emerald Hill são alguns exemplos do sucesso da criação Seabra.

O blog parabeniza a Sergio Coutinho Nogueira por prestigiar a seu Universal Law, fica a nossa torcida e plena confiança de que ele será um sucesso na reprodução.





sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Velocidade - final



Phalaris



O universo da criação do PSI é tão vasto e complexo que nele cabe inúmeras teorias sobre a presumível vertente ideal para se conseguir o cavalo fora de série e cada qual pode defender seu ponto de vista apresentando inúmeros exemplos de bons resultados, mas existe um ponto comum que é o elemento catalisador da amálgama de onde pode surgir um craque e se chama “VELOCIDADE.”

Lord Derby concentrou sua criação em Phalaris, um sprinter-miler que corria de bandeira a bandeira e foi ganhador de 15 provas comuns entre 1200 metros e a milha.

Em seu livro “Il Purosangue, animale da esperimento”, Tesio escreve:
“Se em todos os 64 primeiros ascendentes de um cavalo de corrida existirem apenas stayers é certo que este cavalo jamais ganhará uma corrida decente sobre qualquer distância.” e mais adiante completa, “Sem um grande representante da milha em um pedigree será difícil de se produzir um animal extraclasse pois faltará a explosão nervosa que é sinônimo de VELOCIDADE.”

H.H. Aga Khan III, criador entre outros de Bahram e Mahmoud além de proprietário de  Mumtaz Mahal, Teresina, Blenheim, My Love, Salmon-Trout... acreditava em velocidade prolongada no tempo, é conhecida sua famosa carta na qual escreveu: “Neste momento quando todos que dirigem o turfe buscam meios para manter o prestígio do PSI tenho um conselho a dar: sejam mais cuidadosos quando jogarem água para fora da banheira. Não permitam que a criança se perca, e essa criança se chama VELOCIDADE.”, o atual Aga Khan, o IV, manteve o império hípico herdado de seu pai, o príncipe Aly Khan, assentando sobre suas matrizes sangue Never Bend, um grande vencedor dos 1300 aos 1800 metros que era velocidade, velocidade e mais velocidade.

O que de forma geral se busca através da palavra “VELOCIDADE” é aquela velocidade capaz de se destacar por qualidade, seja a velocidade “pure-brilliant” dos flyings e sprinters ou a velocidade “trans-brilliant”. Não é nossa intenção e nem faria sentido considerar aqui sobre categorias de velocidade mas é clara a divisão entre os velocistas puros que apresentam maior possibilidade para transmitirem a seus descendentes velocidade explosiva e os garanhões da tribo “trans-brilliant”, que é aquela que oferece mais capacidade para sua produção exteriorizar a condição de sustentar velocidade ao longo do tempo e chegar as distâncias clássicas dos Derbies, mas na essência esses dois tipos de velocidade são frutos da mesma árvore, uma Hyperion servida por Nearco gerou a Nearctic, um puro sprinter, e esse gerou a Northern Dancer provando que em algum ponto de uma genealogia elas se fundem e complementam-se. No passado primeiro Phalaris e posteriormente Hyperion e Nearco foram os paradigmas de velocidade mais classe, Northern Dancer também era esse cavalo e hoje alguns exemplos seriam os chefs-de-race Danzig, Mr Prospector, Nijinsky e Nureyev.

Para uma melhor compreensão da relação milheiro e velocidade colocarei aqui excelente análise de Milton Lodi sobre Quartier Latin.

Um dos milheiros brasileiros de maior sucesso nas pistas foi Quartier Latin, de criação e propriedade do Haras São Bernardo, da Baronesa Marie Blanche Rotschild Von Leithner. O jóquei oficial da coudelaria era Gastão Massoli, de superior educação sempre bem vestido e atencioso com todos. Acontecia que com Massoli, sempre com boas direções o Quartier Latin corria com facilidade entre os ponteiros, e na reta final não correspondia. A Baronesa então resolveu entregar a direção de Quartier Latin a Luiz Rigoni, para muitos com destaque o melhor jóquei brasileiro de todos os tempos. Rigoni montava no regime de freio, e com um suave toque nas rédeas dominava por completo os corredores mais voluntariosos e com serenidade instigava os mais preguiçosos. Com Rigoni, Quartier Latin ficou outro, Rigoni o fazia ficar em último, em galope tranqüilo e ritmado, e quando no inicio da última reta por ele procurava, Quartier Latin acelerava rapidamente e sempre vencia com folga. Foi assim que Quartier Latin, com Luiz Rigoni, venceu em um ano o Grande Premio Presidente da República, Grupo I, em Cidade Jardim a milha internacional da semana do Grande Premio São Paulo, e no mesmo ano, venceu a mesma prova no Jockey Club Brasileiro. E mais ainda, a mesma dobradinha repetida no ano seguinte. Os menos detalhistas entenderam que ali estava um futuro garanhão de sucesso. Mas na prática sucedeu diferente, Quartier Latin não alcançou o êxito esperado. Mas por quê? Resposta simples, o bom milheiro, o realmente bom, tem que mandar na corrida desde o principio, não pode ser, digamos assim, um bom aproveitador do ritmo imposto por outros. Não é ter a obrigação de correr na ponta, é fazer parte de um bom ritmo desde o inicio, na ponta ou perto, e ainda aumentar a velocidade na última reta. A perspicácia de Luiz Rigoni logo percebeu que Quartier Latin era muito bom, mas não tinha a fundamental característica dos grandes milheiros, velocidade inicial, ritmo forte, e ainda uma brilhante reta final. Essa soma de características é privilégio de poucos”.

Isso posto temos que ter especial atenção no estudo dos pedigrees para planejar cruzamentos ou comprar animais e não apenas considerar os resultados de pistas. Partilho com aqueles que pensam que a característica mais importante para um cavalo ter sucesso como reprodutor além de campanha, um belo pedigree e tipo físico é VELOCIDADE aliada a um compromisso visceral com a vitória mesmo diante de evidentes deficiências físicas, deficiências essas que não o permitiu demonstrar em pistas a sua capacidade locomotora em plenitude, os meus exemplos para esse tipo de cavalo são BLADE PROSPECTOR e QUE FENÔMENO, o primeiro infelizmente já desaparecido é um reconhecido grande produtor de penqueiros e o segundo uma viva esperança pois certamente possui um dos hoje melhores pedigrees da reprodução brasileira. Me recordo de outro cavalo do mesmo quilate, CIGAL, a história contada pelo dr. Antonio Jorge de Camargo foi a seguinte: Harry Wragg era um bom amigo dele desde os tempos de estudante na Inglaterra e treinador de Cigal e de Psidium, esse o derby-winner da geração, mas Cigal era considerado o melhor potro da cocheira e que sua VELOCIDADE e volúpia pela vitória nos treinos era algo que Harry Wragg lhe disse nunca ter visto em nenhum cavalo que até então havia treinado, continuou que após Cigal mancar de tendão em sua única apresentação Harry Wragg o ofereceu a ele como uma certeza absoluta de sucesso na reprodução por sua psique, o indispensável "will to win", Cigal chegou ao Paraná e foi o que foi, lembram de DANZIG...


quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Setembro Chove




Setembro Chove, Fam. 6-d, castanho, SP, 2001, é um Fast Gold em Setting Trends por Knifebox, criação do Haras Interlagos e propriedade do Stud Chesapeake, foi um vencedor da milha do GP Presidente da República, G1, no hipódromo da Gávea, exportado, cumpriu campanha em Singapura. Seu pai Fast Gold, foi um cavalo de meio fundo e vencedor nos EUA do Paterson H, G1, 1800 m, Pegasus H, G2, 1800 m e Excelsior S, G3, 2000 m com US$ 559.632,00 em prêmios, dos primeiros shuttles modernos no Brasil primou pela inclusão de velocidade aos pedigrees nacionais até então muito fundamentados em sangue europeu  stout e professional, garanhão de vinda benéfica gerou parelheiros de qualidade como Guacho (GP Derby paulista), Be Afair (GP Diana), Helisangela (GP OSAF), Lingote de Ouro (GP Presidente da República), Zé do Ouro (GP Juliano Martins), El Paso (GP Francisco Eduardo de Paula Machado) entre uma grande série de bons elementos de grupo, também bom avô materno Fast Gold pode ser considerado dentro da criação brasileira um “Quality Chef”. 



Setembro Chove.


Setting Trends sua mãe é filha de Knifebox, muito bom corredor de meio fundo (1. Premio Roma, G1, 1. Ciga Prix Dollar, G2, 1. La Coupe de Maisons Lafitte, G3, 1. Premio Carlo Porta, G3, 1. Abtrust Select S, G3 (2 vezes), 1. Burtonwood Brew Rose Lancaster S, G3, 1. Grand Prix de Marseille, L. Garanhão que deixou entre nós 3 reduzidas gerações e conseqüentemente de pouca lembrança na memória do nosso turfe, atingindo porém 9,19% de filhos ganhadores em provas Black Type, o que o coloca em ótimo patamar no élevage nacional. A linha ventral de Setembro Chove é uma introdução moderna na criação brasileira através de sua avó e com resultado muito modesto entre nós, Serial Winner (GP Presidente Antonio T. Assumpção Netto, G3) é o outro elemento com alguma classe que pode ser citado a partir de Seeing Red.


Fast Gold.



Setembro Chove no GP Presidente da República.




                                                     Campanha

2 anos

5. Prêmio, 1200 metros, AE, Tarumã,
2. Prêmio Jockey Club de Campos/Jockey Club de Minas Gerais, 1600 metros, GM, Cidade Jardim,

3 anos
1. Prêmio Rocky Pesado, 1600 metros, GRP, Cidade Jardim,
9. Grande Prêmio Presidente Antonio Corrêa Barbosa, G2, 2200 metros, AE, Cidade Jardim,
6. Grande Prêmio Governador do Estado, G3, 1600 metros, ALN, Tarumã,
2. Prêmio Bárbara Hill, 1500 metros, ARN, Cidade Jardim,
1. Prêmio Jambo Ridge, 1500 metros, GRP, Cidade Jardim,
1. Prêmio Mad Carolina, 1500 metros, AB, Cidade Jardim,
1. Clássico Semana Internacional – A, L, 1600 metros, GB, Cidade Jardim,

4 anos
1. Grande Prêmio Henrique de Toledo Lara, G3, 1600 metros, GB, Cidade Jardim,
1. Grande Prêmio Presidente da República, G1, 1600 metros, GB, Gávea,
1. Grande Prêmio Governador do Estado, G3, 1600 metros, GM, Cidade Jardim.

Campanha no exterior 
1. Kranji Mile, G1, 1600 metros, Singapura,
2. Patron’s Bowl, G1, 1600 metros, Singapura,
2. Raffles Cup, G1, 1800 metros, Singapura,
2. Chairman’s Trophy, G2, 1600 metros, Singapura,
3. Singapore Derby, G1, 2000 metros, Singapura,
4. Kranji Stakes, G1, 1600 metros, Singapura.
4. Singapore Airlines International Cup, 2000 metros, Singapura.

Setembro Chove com reduzidas gerações em idade de corrida produziu até o momento Juno (GP Barão de Piracicaba, G1), Love ‘N’ Happiness (GP Immensity, G1) e Love Your Look (GP Henrique de Toledo Lara, G1), portanto é um garanhão que merece atenção de nossos criadores.


Acreditamos que o cruzamento de Setembro Chove com filhas de Choctaw Ridge, saudáveis de locomotores, talvez seja uma opção que possa ser considerada, pois trás um raríssimo inbreeding 3 x 3 sobre o chefe de raça Mr Prospector. Outro cruzamento de muito sucesso na Europa é a consanguinidade sobre SHARPEN UP, e a mesma pode ser obtida cruzando-se Setembro Chove com filhas de Silent Times e Mensageiro Alado.







quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Tudo Como Dantes no Quartel de Abrantes


Transcrevo abaixo texto de Renato Gameiro extraído de seu “NINHO DO ALBATROZ”.  No qual versa sobre tema relativo ao abandono que as linhagens masculinas são relegadas no Brasil, posicionamento correto e com o qual concordo em gênero, número e grau.

Obs. Notem que o escrito foi em 2010 e hoje 7 anos depois tudo continua igual e daqui a outros 7 e mais 7 provavelmente nada se modificará, mas caso esse nosso trabalho de divulgação do bom nacional prospere e frutifique na mentalidade de algum criador brasileiro já nos sentiremos com a missão cumprida.

As vezes é difícil de querer sequer acreditar. Mas o descrédito para com o reprodutor nacional, mesmo filho do importado idolatrado em odes e versos, é ainda enorme em nosso pais. Ciciam nossa palavras. Se mostram histriônicos, como um deputado da situação tentando provar sua inocência no mensalão.
Existe uma forma de se manter uma raça em um determinado centro criatório. E esta forma, ou poder-se-ía, dizer fórmula, é simples, como toda regra deve ser. Ela depende em muito das reprodutoras, pois, mesmo em um pais como o nosso onde muitos não acreditam que cavalo de corrida tenha mãe, e a maioria dos que acreditam, pensam que ela deva ter sido clássica em pista, mesmo com qualquer falta de pedigree que possivelmente tenham, a mãe é dado importante. Não notado, mas sempre existente.
Pois bem, experimente pegar um nacional de ótimo calibre em pista, filho de um Royal Academy, de um Roi Normand, de um Jules ou de um Spend a Buck, apenas para termos como exemplo, e a ele oferte éguas importadas, ou mesmo nacionais de linhas altamente transmissoras de classicismo e eu lhe garanto que suas chances de manter a raça viva em nosso território serão grandes. Se não enormes, pelo menos maiores. Formar-se-á a nossa própria raça, miscigenada com o importado de bom valor.
Hoje não existem os filhos de Locris, Earldom, Waldmeiter, nem mesmo de Clackson ou de Ghadeer em plena evidência. E este crime contra a criação nacional não é de hoje. Ele perpetua-se de geração em geração.
Vocês imaginem que a um determinado tempo, trouxemos em uma só leva os segundo, terceiro e quarto colocados do Derby de Epsom, quando esta carreira era considerada a maior vitrine para a reprodução. Foram eles, Swallow Tail, Royal Forest e Normaton. Evidentemente que eles caíram em três da meia dúzia de haras de ponta que tínhamos na época e as famílias Peixoto de Castro, Seabra e Rocha Faria, os utilizaram. O primeiro foi sucesso, o segundo esteve na media, enquanto o terceiro pouco disse ao que veio. Outrossim, nada dos mesmos pode ser mantido até os dias de hoje. E foi pelos pequenos Haras que de alguma forma estes três grandes cavalos foram capazes de sobreviver por mais de uma geração
Sabot, por Normaton ainda produziu um ganhador de grupo, El Susto. Zuido e Código por Swallow Tail, produziram o primeiro a Juca, o pai de Juanero e o segundo a Computador, este o pai de Lorde Ubaldo, Molhado e Parolin, E Junior e Vaudeville, filhos de Royal Forest são respectivamente responsáveis por Noscado e Yanbarberick. E depois? Depois, um grandessíssimo nada. Gigantesco como um elefante mirado pelas lentes de um binóculo. Estes três elementos, simplesmente extinguiram-se por linhas superiores. E pasmem, os três, descendiam daquele que era a coqueluche do momento, Bois Roussel.
Lembro-me de dois outros importados da tribo Bois Roussel, via seu filho Tehran; Kameran Khan e Jour et Nuit III. O primeiro, sediado no haras Ipiranga produziu a Itamaraty, cujo filho Grandote aproveitado em um haras de pequeno porte, foi ainda capaz de produzir a Nick de Mestre. O outro, lidimo ganhador do Prix d’Ispahan, Jean Prat, Eugene Adan e Guichê, além de segundo colocado na Poule d’Essai dês Poulains para Neptunus, foi ainda capaz de gerar a um cavalo chamado In Command, pai de Blessed Trust e sob suspeita igualmente pai de Riadhis, um dos melhores cavalos que vi correr em território nacional, que mesmo pouco aproveitado reprodutivamente, foi o responsável pelo aparecimento de El Astral.
E tudo se foi ralo abaixo!
E o pior de tudo: a coisa vem se repetindo ano, apos ano. Seria esta a forma mais sensata de continuarmos a conduzir nossa criação? Penso que não.
O que fizeram com os filhos de Ghadeer e Clackson recentemente, sem dúvidas dois dos maiores reprodutores de nossa história moderna, poderia ser taxado no mínimo de criminoso. UM VERDADEIRO DESCRÉDITO PARA COM O QUE É NOSSO. Seria como – guardadas as devidas proporções - os japoneses abandonassem os filhos de Sunday Silence e os britânicos os de Sadler’s Wells, em prol dos importados de menor valia.
Podemos manter em voga o reprodutor nacional, o abastecendo de sangue importado. Mesmo sofrendo a pressão dos idiotas, louvadores de detração do óbvio, por óbvias razões.
Clackson foi fenômeno. Romarin e Redattore estão acima da média. Durban Thunder, Mastro Lorenzo e Hard Buck, já em suas primeiras gerações, soltaram aquelas fagulha típicas e capazes de iniciar um incêndio. O que estamos nos esperando? Pela redescoberta da pólvora? Porque não darmos mais chances aos citados e a ele somarmos, por exemplo, um Top Hat ou outro qualquer que tenha demonstrado similar valor em pista?
Até quando nos manteremos nesta política biltre de desvalorização e do 
total infundado descrédito pelo que melhor podemos produzir?

Renato Gameiro


A importância na formação de linhagens masculinas próprias é fundamental inclusive para se ampliar o interesse do mercado estrangeiro ao cavalo nacional e possibilitar a exportação de filhos ou netos paternos de garanhões que como corredores foram importantes mas que em um primeiro momento não corresponderam em suas origens na reprodução e foram descartados. Com a fragilidade de nossa moeda aliada a hipódromos agonizantes, por questões diversas, as recentes vindas em shuttle de animais como Roderic O'Connor, Rock of Gibraltar, Holy Roman Emperor entre alguns outros se torna hoje impensável, infelizmente também foi trazido em shuttle alguns garanhões sabidamente fracos e com estruturas genéticas questionáveis que acabaram não dizendo ao que vieram, pelos mesmos motivos a importação definitiva de animais padrão Yagli é muito difícil e a opção pelo excelente nacional na reprodução seja o mais racional. Mas o que se observa é o criador brasileiro voltar ao velho hábito de importar para garanhão animais com padrão em pistas abaixo da crítica; recentemente foi importado com status de "popstar" cavalo para reprodução que em 3 apresentações foi décimo colocado em 13, terceiro em 7 mais um último em 10, todas provas em hipódromo de segunda linha e esperar que refinado matungo confirme na reprodução invejável pedigree, o inferno do PSI está cheio de belos pedigrees... Mas vamos aguardar que éguas de primeiro time aliadas a condições excepcionais de criação ajudem a solene pangaré, afinal Earldom e Tumble Lark existiram, se bem que esses dois pelo menos foram ganhadores.

Penso também que a priorização em nossa criação seria utilizar o excelente nacional como reprodutor e ir "temperando" nosso estoque genético com a importação de fêmeas de régias linhagens, o que convenhamos é muito mais alcançável financeiramente do que importar cavalos de real categoria em pistas para a reprodução.

En passant, Setembro Chove com seus 17,4%, Redattore com 12,5% e Romarin com 11,3% de filhos ganhadores e colocados Black Type são exemplos do bom garanhão nacional explorado em forma correta.


Como nessa postagem "usei" muito Renato Gameiro finalizo perguntando: E aí seu LuiZ?






quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Desejado Thunder





Desejado Thunder, Fam. 16-h, castanho, RS, 2007, Durban Thunder em Glourious Magee por Spend a Buck criado no Haras Bagé do Sul pelo Stud Alvarenga e  propriedade do Haras Ponta Porã, com toda certeza um dos melhores velocistas brasileiros de todos os tempos é dono de brilhante e consistente campanha, tendo disputado 21 provas com 15 vitórias, 4 segundos, 1 terceiro e 1 quarto lugar nunca se descolocando, possuindo além linhagem de primeira grandeza que o credencia plenamente para a reprodução. 

Seu pai Durban Thunder, dono de físico poderoso e régia filiação foi arrematado no leilão Top Classic de 2003 por R$ 564.000,00; garanhão de interessante sucesso na reprodução, provavelmente o direcionamento de seus cruzamentos para o brilhantismo nos tenha privado de observar alguns de seus filhos alçar vôos mais altos em outras distâncias, foi um cavalo em pistas que pode ser considerado como além do muito bom padrão e na minha opinião só não atingiu o estrelato dos corredores gigantes brasileiros por questões relacionadas a escolhas no planejamento de sua campanha, apresentado no Brasil em 3 oportunidades manteve-se invicto, sua vitória no GP J. Adhemar de Almeida Prado – Taça de Prata, G1, é considerada como a mais fácil na história da prova, correu nos EUA e Dubai em mais 4 oportunidades e venceu 2, sua mais expressiva vitória no exterior foi na milha da importante Kentucky Cup Turf Dash Stakes, prova com U$ 100.000,00 de bolsa. Seu avô materno Spend A Buck se apresentou como um corredor de extrema categoria e reprodutor de enorme sucesso, sua mãe Glorious Magee pertence a interessante linha baixa que vêm produzindo com regularidade nomes de valor que freqüentam com assiduidade provas de grupo, entre esses além de Desejado Thunder destacou-se recentemente Voador Magee com sua vitória no GP Brasil e segunda colocação no GP Cruzeiro do Sul, podem ser destacados entre bons confirmadores dessa linhagem Our Magee (GP Nestor Jost), Famous Magee (GP 29 de Outubro) e Hommage A Rô (GP Edmundo Pires de Oliveira Dias).

Durban Thunder.



Spend A Buck.


Desejado Thunder no GP Major Suckow.




                                                      Campanha

2 anos

1. Prova Especial Atualpa Soares, 1100 metros, AP, Gávea,
1. Clássico Hernani Azevedo Silva, L, 1200 metros, AB, Gávea,
1. Clássico José Calmon, L, 1300 metros, GM, Gávea,
4. Grande Prêmio Mário de Azevedo Ribeiro - 1a Etapa da Copa 2 anos de Potros, G3, 1400 metros, GB, Gávea,
1. Prova Especial Sabinus, 1000 metros, GP, Gávea,

3 anos

1. Grande Prêmio Cordeiro da Graça, G2, 1000 metros, GB, Gávea,
1. Grande Prêmio Major Suckow, G1, 1000 metros, GM, Gávea,
1. Grande Prêmio Adhemar de Faria e Roberto Gabizo de Faria, G3, 1000 metros, GB, Gávea,
2. Grande Prêmio Proclamação da República, G2, 1000 metros, GF, Cidade Jardim,
1. Clássico São Francisco Xavier, L, 1000 metros, GM, Gávea,
1. Clássico Jockey Club de São Paulo, L, 1000 metros, GM, Gávea,
1. Grande Prêmio Associação dos Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida do Rio de Janeiro, G3, 1000 metros, GM, Gávea,
1. Grande Prêmio Associação Brasileira de Criadores e Proprietários do Cavalo de Corrida, G1, 1000 metros, GF, Gávea,
1. Grande Prêmio Velocidade, G3, 1000 metros, GM, Cidade Jardim,

4 anos

2. Grande Prêmio Major Suckow, G1, 1000 metros, GM, Gávea,
1. Grande Prêmio Adhemar de Faria e Roberto Gabizo de Faria, G3, 1000 metros, GM, Gávea,
3. Grande Prêmio Nestor Jost, G3, 1200 metros, AB, Gávea,
1. Clássico Dia da Justiça, L, 1000 metros, GM, Gávea,
1. Clássico São Francisco Xavier, L, 1000 metros, GM, Gávea,
2. Clássico Associação dos Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida do Rio de Janeiro, L, 1000 metros, GM, Gávea,
1. Grande Prêmio Jockey Club de São Paulo, G3, 1000 metros, GB, Gávea.

Desejado Thunder apresenta logo em sua primeira geração ao muito bom velocista Thunder Cat, 1. GP Cordeiro da Graça. G2, 1000 metros, 1. GP J Adhemar e Roberto Gabizo de Faria, G3, 1000 metros, 1. GP ABCPCC-Velocidade Mario Belmonte Moglia, G3, 1000 metros, 2. GP Major Suckow, G1, 1000 metros; como reprodutor pode com toda certeza ser explorado em amplo universo de cruzamentos.









domingo, 1 de outubro de 2017

Jaspion Silent






Jaspion Silent, Fam. 4-b, castanho, 2010, continua aquecendo as turbinas e confirmando as expectativas, mesmo debaixo de chuva...




  Parabéns a Ivan Jerônimo, Victoria Mota e todo o staff de Jaspion Silent. 

     ÊTA CAVALO BOM !!!




Fotos Sylvio Rondinelli